Maior fenômeno da atual literatura para jovens, o americano John Green domina a difícil arte de se comunicar com quem vive on-line
27/06/2014 14:51
Texto Jerônimo Teixeira e Bruno Meier (editado)
Texto Jerônimo Teixeira e Bruno Meier (editado)
Foto: Divulgação

A Culpa É das Estrelas ocupa o primeiro lugar na lista dessa categoria do jornal The New York Times
Faz pouco tempo que John Green está instalado em seu novo escritório e estúdio, em um bairro de restaurantes e baladas em Indianápolis, no Meio-Oeste dos Estados Unidos. Há marcas da mudança recente: ferramentas e materiais de construção espalhados pelo estúdio onde grava seus vídeos, e muitas caixas pelas outras salas. No cômodo em que ele concede entrevista a VEJA, latas de refrigerante vazias acumulam-se sobre a mesa de centro, restos de alguma reunião no dia anterior (ou de uma sessão de videogame: a mulher de Green, Sarah - que, aliás, trabalha na única sala bem-arrumada do escritório -, baniu o XBox 360 da casa da família). "Foi nesta poltrona que escrevi todos os meuslivros", diz Green. Trata-se de um trambolho cujo estofamento marrom claro está sujo e um tanto puído - e por isso também foi expulso pela sanha saneadora da mulher do escritor. Vai demorar até que a poltrona seja usada novamente não para games, mas para a literatura. Green não tem planos imediatos para um novo livro. "Talvez no ano que vem. Ou em 2016", diz. Neste momento, o autor está empenhado na divulgação do filme baseado em seu grande best-seller, A Culpa É das Estrelas, que estreia nos Estados Unidos e no Brasil em junho. E ainda mantém a produção de vídeos para o YouTube, seu canal mais imediato de comunicação com jovens fãs. Sim, ele faz sucesso nas livrarias e na internet: Green desautoriza os recorrentes vaticínios tecnofóbicos sobre o ocaso da leitura na era digital.
Nenhum comentário:
Postar um comentário